10 sintomas da insuficiência renal
Os hábitos de vida saudáveis e uma alimentação balanceada podem reduzir em mais de 60% as possibilidades de sofrer de insuficiência renal. No entanto, em muitos casos ela se deve a fatores genéticos.
Em algumas ocasiões podemos começar a sentir pequenos sintomas aos quais não prestamos a devida atenção: urgência para urinar, dor em um lado das costas, cansaço etc. A insuficiência renal pode ter diversos indicadores, e precisamos reconhecê-los para tomarmos as medidas adequadas o mais rápido possível, e permitir que nossos rins continuem cumprindo suas funções, tão importantes para nossa sobrevivência.
Quando falamos de insuficiência renal, nos referimos a um determinado problema na função dos dois rins (ou apenas um, nos casos em que o paciente só possui um rim).
Quando eles não funcionam corretamente, muitas funções do corpo são alteradas, mudanças que dependerão do nível da insuficiência renal, ou seja, se essa é aguda ou crônica. Vejamos mais detalhadamente:
Sintomas da insuficiência renal
1. Mudanças na urina
Trata-se do sintoma mais comum e o primeiro que costuma aparecer quando o problema é a insuficiência renal. Claro que este sintoma pode estar associado a outros problemas, mas é um indicador que serve para nos alertar de que algo não está bem e de que devemos procurar um médico.
- Urgência para urinar. O desejo de urinar se torna cada vez mais frequente e inclusive passamos a levantar muitas vezes durante a noite para isso.
- Mudanças na urina: ou para mais clara ou para mais escura. Urinamos em quantidades muito menores e habitualmente aparece sangue na urina.
- Sensação de pressão.
2. Inchaço
Pacientes que sofrem de insuficiência renal apresentam grandes dificuldades para se desfazerem do fluído extra que existe no corpo. Os rins não são capazes de filtrar o organismo com normalidade, portanto, os líquidos tendem a se acumular.
É normal, então, que as pernas, os tornozelos, os pés e, inclusive, o rosto inchem. Muitas pessoas afirmam, por exemplo, que não conseguem calçar o sapato com sua numeração habitual, o que é um sintoma bastante evidente.
3. Cansaço
Pessoas que têm rins saudáveis produzem um hormônio chamado eritropoietina,responsável pela produção de glóbulos vermelhos em nosso corpo. Esses, por sua vez, são responsáveis por transportar o oxigênio até o sangue, assim, quem sofre de insuficiência renal tem uma produção desse hormônio em menores quantidades no organismo, o que faz com que os músculos e, inclusive, o cérebro comecem a se esgotar devido à falta de oxigênio.
É um tipo de anemia associada à insuficiência renal. É habitual, por exemplo, que estas pessoas sintam muita vontade de dormir e se sintam exaustas com frequência.
4. Erupções cutâneas
Uma vez que não conseguimos eliminar as impurezas do sangue da forma correta,os rins pouco a pouco perdem sua função e as toxinas e elementos que não são úteis ao organismo se acumulam.
Isso se converte em coceiras e incômodo geral, como se algo estivesse nos incomodando por dentro e não pudéssemos evitar nos coçarmos continuamente.
5. Sabor metálico na boca
O acúmulo de impurezas no sangue (o que conhecemos como uremia) faz com que o sabor dos alimentos mude. Pode ser inclusive que percamos o prazer em comer, afinal, não conseguimos distinguir os sabores dos alimentos. Por isso é comum que pacientes com insuficiência renal comecem a emagrecer.
A dificuldade dos rins para eliminar as toxinas causam muitos efeitos secundários, o sabor ruim na boca costuma ser frequente, de fato, os pacientes costumam dizer que sentem um sabor de “ferro” na boca.
6. Náuseas e vômito
Mais uma vez, o excesso de impurezas no sangue faz com que nosso organismo reaja à uremia. Assim, surgem vômitos, sensação de mal-estar, náuseas e a consequente perda de peso. O estômago, além disso, tende a sentir-se cheio quando na realidade não está, nos sentimos pesados e lentos.
7. Falta de ar
Em casos de insuficiência renal, recuperar o ar depois de uma atividade, tal como subir escadas, ou correr e, inclusive, andar um pouco mais rápido do que o normal se torna custoso e difícil.
Isso acontece por dois motivos: o excesso de líquidos em nosso organismo, o que pode fazer com que este líquido se acumule nos pulmões fazendo com que seja custoso respirar, e pela anemia associada à insuficiência renal, que torna a recuperação do ar mais difícil.
Os pacientes costumam comentar, ainda, que não conseguem dormir a noite, que têm a sensação de que se afogarem.
8. Sensação de frio
A anemia faz com que sintamos mais frio do que o normal, o que é um dos sintomas característicos da insuficiência renal.
9. Problemas de concentração
Uma vez que a doença causa problemas circulatórios, atrapalha a filtragem do sangue e altere o hormônio conhecido como eritropoietina, o oxigênio não chega ao cérebro em suas doses normais, assim, esse não obtêm a energia necessária e começam a surgir os problemas de concentração.
Nos custa mais pensar, raciocinar, nos sentimos cansados e inclusive enjoados. Assim, é normal que aconteçam pequenas falhas da memória.
10. Dor no flanco e na perna
Algumas pessoas com problemas renais podem sofrer de dor nas costas ou no flanco, um sintoma que às vezes podemos confundir com outras doenças. É uma dor que se estende desde o flanco até a perna, uma dor aguda que nos impede de levar nossa vida normalmente.
É provável que este sintoma esteja associado à policistos nos rins uma doença que origina cistos cheios de líquidos nos rins e também no fígado, é muito doloroso.
Como prevenir a insuficiência renal?
Em muitos casos a insuficiência renal deve-se a fatores genéticos, mas devemos considerar que bons hábitos de vida e alimentares amenizarão mais de 60% das chances de sofrer com a doença.
Como preveni-la? Principalmente evitando o sobrepeso, a hipertensão, o colesterol, procurando se exercitar, caminhando pelo menos meia hora diariamente e cuidando da nutrição da seguinte maneira:
- Evite as carnes vermelhas (e geralmente toda proteína de origem animal);
- Evite os lácteos e os ovos;
- Evite as bebidas gasosas e açucaradas (os rins sofrem muito ao processá-las);
- Evite o uso de cigarro, café e o consumo de álcool;
- Consuma dois litros de água diariamente, aumente o consumo de frutas e verduras, tanto cruas como cozidas.
Fonte: http://melhorcomsaude.com
Dieta para insuficiência renal
Nutricionista: Tatiana Zanin
Na dieta para insuficiência renal, é necessário controlar a ingestão de nutrientes como sal, fósforo, potássio e proteína, e nos casos mais graves também é preciso controlar o consumo de líquidos em geral, como água, sucos e sopas.
Assim, esses pacientes precisam evitar a ingestão de carnes, peixes, castanhas, feijão e alguns tipos de frutas e legumes, como laranja, kiwi, tomate e batata. No entanto, também existem estratégias para reduzir o teor de potássio das frutas e dos legumes, como descascar os vegetais e trocar a água de cozedura na hora da preparação.
É importante lembrar que a quantidade e os alimentos permitidos ou proibidos variam de acordo com o estágio da doença e com os exames do paciente, e por isso a dieta para insuficiência renal é específica para cada pessoa, devendo ser orientada por um nutricionista.
Alimentos que devem ser controlados na dieta para insuficiência renal
De modo geral, os alimentos que devem ser consumidos com moderação por quem sofre com insuficiência renal são:
1. Alimentos ricos em potássio
O rim de pacientes com insuficiência renal tem dificuldade para eliminar o excesso de potássio do sangue, e por isso essas pessoas precisam controlar a ingestão desse nutriente. Os alimentos ricos em potássio são:
- Frutas: abacate, banana, coco, figo, goiaba, kiwi, laranja, mamão, maracujá, mexerica ou tangerina, uva, uva passa, ameixa, ameixa seca, laranja lima, melão, damasco, amora, tâmara;
- Vegetais: batata, batata doce, mandioca, mandioquinha, cenoura, acelga, beterraba, aipo, couve manteiga, couve-flor, couve de Bruxelas, rabanete, tomate, palmito em conserva, espinafre, chicória, nabo;
- Leguminosas: feijão, lentilha, milho, ervilha, grão de bico, soja, favas;
- Cereais integrais: trigo, arroz, aveia;
- Alimentos integrais: biscoitos, macarrão integral, cereais matinais;
- Oleaginosas: amendoim, castanhas, amêndoa, avelã;
- Produtos industrializados: chocolate, molho de tomate, tabletes de caldo de carne e de galinha;
- Bebidas: água de côco, bebidas desportivas, chá preto, chá verde, chá mate;
- Sementes: gergelim, linhaça;
- Rapadura e caldo de cana;
- Sal diabético e sal light.
O excesso de potássio pode causar fraqueza muscular, arritmias e paradas cardíacas, por isso a dieta para insuficiência renal crônica tem que ser individualizada e acompanhada pelo médico e pelo nutricionista, que irão avaliar as quantidades apropriadas de nutrientes para cada paciente.
Frutas que devem ser evitadas
Vegetais que devem ser evitados
2. Alimentos ricos em fósforo
Os alimentos ricos em fósforo também devem ser evitados pelas pessoas com insuficiência renal crônica para controlar a função do rim. Esses alimentos são:
- Peixes enlatados;
- Carnes salgadas, defumadas e embutidas, como salsicha, linguiça;
- Bacon, toucinho;
- Gema de ovo;
- Leite e derivados;
- Soja e derivados;
- Feijão, lentilha, ervilha, milho;
- Oleaginosas, como castanhas, amêndoas e amendoim;
- Sementes como gergelim e linhaça;
- Cocada;
- Cerveja, refrigerantes de cola e chocolate quente.
Os sintomas do excesso de fósforo são coceira no corpo, hipertensão e confusão mental, e pacientes com insuficiência renal devem estar atentos a esses sinais.
3. Alimentos ricos em proteínas
Os pacientes com insuficiência renal crônica precisam controlar o consumo de proteínas, pois o rim também não consegue eliminar o excesso desse nutriente. Assim, essas pessoas devem evitar o consumo excessivo de carnes, peixes, ovos e leite e derivados, pois são alimentos ricos em proteínas.
O ideal é que o paciente com insuficiência renal coma apenas cerca de 1 bife pequeno de carne ao almoço e ao jantar, e 1 copo de leite ou de iogurte por dia. No entanto, essa quantidade varia de acordo com a função do rim, sendo mais restritiva para aquelas pessoas em que o rim já quase não funciona.
4. Alimentos ricos em sal e líquidos em geral
As pessoas com insuficiência renal também precisam controlar o consumo de sal, pois o excesso de sal aumenta a pressão arterial e força o rim a trabalhar, prejudicando ainda mais a função desse órgão. O mesmo acontece com o excesso de líquidos, pois esses pacientes produzem pouca urina, e o excesso de líquidos acaba se acumulando no corpo e causando problemas como inchaço e tonturas.
Assim essas pessoas devem evitar o uso de:
- Sal;
- Temperos como tabletes de caldo de carne, molho de soja e molho inglês;
- Alimentos enlatados e comida pronta congelada;
- Salgadinhos de pacote, batata frita e bolachas com sal;
- Fast food;
- Sopas em pó ou enlatadas.
Para evitar o excesso de sal, uma boa opção é utilizar ervas aromáticas para temperar os alimentos, como salsa, coentro, alho e manjericão. O médico ou o nutricionista irá indicar a quantidade adequada de sal e de água permitidas para cada paciente.
Alimentos ricos em proteínas
Substituir o sal por ervas aromáticas
Como reduzir o potássio dos alimentos
Além de evitar o consumo de alimentos ricos em potássio, também existem estratégias que ajudam a reduzir o teor de potássio das frutas e legumes, como:
- Descascar as frutas e legumes;
- Cortar e enxaguar bem os alimentos;
- Colocar os legumes de molho em água na geladeira um dia antes da sua utilização;
- Colocar os alimentos numa panela com água e deixar ferver por 10 minutos. Depois escorrer a água e preparar o alimento como desejar.
Outra dica importante é evitar o uso de panela de pressão e do micro-ondas para preparar as refeições, pois essas técnicas concentram o teor de potássio nos alimentos por não permitirem a troca da água.
Dieta para insuficiência renal aguda
A dieta para insuficiência renal aguda é geralmente realizada em contexto hospitalar, sendo cuidadosamente calculados os nutrientes ingeridos pelo paciente e, muitas vezes, se recorrendo à alimentação através de soros com nutrientes que são colocados na corrente sanguínea.
Após a função renal estar restabelecida, o paciente recebe instruções específicas sobre o que pode comer, para evitar o acúmulo de toxinas que normalmente são eliminadas pelos rins. Normalmente a dieta elaborada é pobre em proteínas, potássio, sal e fósforo, assim como no caso de pacientes com insuficiência renal crônica.
Assista o vídeo da nutricionista para saber os cuidados que deve ter com a alimentação:
Fonte: www.tuasaude.com/dieta-para-insuficiencia-renal
Oito passos para controlar a insuficiência renal crônica
Cuidados com o peso e com a pressão arterial contém o avanço da doença
POR LAURA TAVARES
O Dia Mundial do Rim (14 de março) tem por objetivo disseminar informações sobre a importância desse órgão e conscientizar sobre o impacto de doenças renais na saúde da população. Com isso, a iniciativa quer estimular medidas de prevenção. Afinal, quando um problema renal dá sinais de sua existência significa que cerca de 70% da sua função já foi comprometida, explica o nefrologista Daniel Rinaldi, presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Se forem constatadas que essas alterações existem por, pelo menos, três meses, então, o paciente recebe o diagnóstico de insuficiência renal crônica.
Apesar do choque ao receber a notícia, é fundamental começar a agir o mais rápido possível para frear a deterioração dos rins. Diabetes descontrolado e hipertensão e até cálculos renais, por exemplo, contribuem com a perda da função renal, problema que atinge cerca de 10 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, e que pode ser considerado avançado quando a taxa de filtração está abaixo de 15%. Neste caso, hemodiálise, diálise peritoneal ou até transplante podem ser necessários. A seguir, confira cuidados fundamentais para quem sofre de insuficiência renal crônica:
Busque tratamento para hipertensão
A hipertensão é considerada hoje a principal causa de insuficiência renal crônica. De acordo com o nefrologista Nestor Scho, professor da Unifesp, o aumento da pressão arterial lesiona os vasos sanguíneos dos rins, podendo causar nefropatia hipertensiva. "Dessa maneira, o órgão fica sobrecarregado e pouco a pouco perde sua capacidade de filtragem", explica. Cuidar da hipertensão é fundamental mesmo quando ela não é a causa da insuficiência renal crônica, medida que se torna mais importante ainda em estágio avançado da doença.
Controle o diabetes
"O diabetes é a segunda principal causa de insuficiência crônica renal", afirma o nefrologista Lucio Roberto Requião Moura, do Hospital Israelita Albert Einstein. Isso porque a doença desencadeia a chamada nefropatia diabética, alteração dos vasos dos rins que leva à perda de uma proteína pela urina. Além disso, o diabetes favorece a aterosclerose, formação de placas de gordura nas artérias que dificulta o trabalho de filtração dos rins. Com o tempo, uma quantidade cada vez maior de substâncias tóxicas fica retida no organismo, o que pode levar à morte. Uma forma de detectar o problema, portanto, é fazendo exames de urina para descobrir se está havendo eliminação de proteínas. Quem já tem o diagnóstico de diabetes, por sua vez, precisa ficar mais atento à saúde renal.
Fique atento ao peso
Pessoas com excesso de peso tem um risco maior de desenvolver hipertensão e diabetes, o que já é motivo o suficiente para não deixar o ponteiro da balança subir, aponta o nefrologista Lúcio. Soma-se a isso o fato de que a obesidade altera a forma como o sangue chega nos rins pela influência de determinados hormônios, sobrecarregando o órgão. Além disso, estar acima do peso é fator de risco para o colesterol e triglicérides alto.
Adapte sua dieta
Quando o assunto é alimentação, analisar a doença de base que desencadeou a insuficiência renal é fundamental. Se for o diabetes, por exemplo, a dieta deve ser aquela indicada para quem sofre dessa doença. Se for a hipertensão, então deve haver redução do consumo de sal. "Entretanto, de forma geral, recomenda-se que o paciente evite a ingestão excessiva de proteínas, principalmente de origem animal, que dão origem a elementos tóxicos no organismo que fariam os rins trabalharem mais", explica o nefrologista Nestor. Em casos específicos de insuficiência ainda, pode haver retenção de potássio no organismo. Pacientes com este problema precisam preparar os alimentos de uma maneira que faça com que eles liberem parte desse nutriente. Legumes, por exemplo, precisam ser cozidos.
Informe-se sobre medicamentos
A automedicação é perigosa mesmo para pessoas saudáveis. Para quem sofre de insuficiência renal, entretanto, o uso sem avaliação médica adequada pode acelerar o quadro de deterioração dos rins. "Os mais perigosos são os anti-inflamatórios não hormonais", alerta o nefrologista Lucio. Por isso, explique seu problema no início de toda consulta médica para evitar agravar a doença.
Maneire na ingestão de álcool
Embora não haja estudos comprovando a relação isolada da ingestão de álcool com a insuficiência renal crônica, o abuso de bebidas alcoólicas compromete o funcionamento do organismo como um todo. Assim, recomenda-se maneirar no consumo. Se for beber alguma bebida, entretanto, o nefrologista Nestor aconselha optar pelo vinho. "Ele contém antioxidantes que podem ajudar na eliminação de toxinas concentradas no corpo", afirma.
Apague o cigarro
"O cigarro é responsável por piorar os níveis de pressão arterial e ainda está envolvido com alterações hormonais que pioram a função renal", explica o nefrologista Lucio. Além disso, o tabagismo desencadeia um efeito de vasoconstrição, diminuindo o volume de sangue filtrado pelos rins. Neste caso, não existe a opção da moderação. O paciente deve acabar com o vício.
Pratique exercícios
O último cuidado recomendado para quem sofre de insuficiência renal crônica é a prática regular de exercícios. "Ele previne o diabetes, a hipertensão, a obesidade, entre outros problemas, e ainda melhora a circulação e a função renal", afirma o nefrologista Nestor. Segundo ele, qualquer atividade já é melhor do que o sedentarismo, mas é sempre recomendado buscar um treino que agrade o paciente para que ele não se sinta desestimulado com o tempo.
Fonte: www.minhavida.com.br
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